terça-feira, junho 27, 2006

Proximidade

num tempo mais lá atrás, ainda tudo era ínicio, ainda eram névoas que me tolhiam o caminho, ainda era a incerteza que me guiava e no entanto ao fundo uma luz...

A partir de uma certa proximidade física a visão fica turva e desfocada e de nada nos serve. Resta-nos então apelar aos outros sentidos: à audição, ao olfacto, ao tacto e até mesmo ao paladar.
A partir de uma certa proximidade emocional todos os sentidos ficam turvos e desfocados, a voz falha e o coração dispara. Resta-nos seguir o murmurinho da alma.
Fui eu que me aproximei demasiado de ti ou deixei-te aproximar em demasia?
Porventura amo-te mais do que deveria e no entanto sinto que te amo menos do que queria.

Sem comentários: