quinta-feira, setembro 14, 2006

Mais uma gloriosa derrota

Mais uma gloriosa derrota.
Enfim... o costume.
Não sei o que hei-de dizer. Se dissesse, também não saberia o que dizer. O coração (o que resta dele) está demasiado próximo da boca. As palavras percorrem-me a cabeça e saem sem lógica, mas lindas, ou não o fosse apesar de tudo com carinho.
Não sei o que hei-de dizer. Pode ser um final de capitulo, um fial de livro. É hora de mudar, de seguir em frente, partir para outra. Há mais vida além...
mas aquela sms meteu-me medo. Eu sei. Pensaste. Mas quem fica com os desposjos da guerra não sou. Já só quero deixar o campo de batalha. Quero sair bem. Não me arrastes, não me prendas. Eu vou partir, quer queiras ou não

sexta-feira, agosto 11, 2006

Intervalo

Intervalo! O espectáculo prossegue dentro de breves momentos.

Não sei não. Vou ter que intervir nisto...

sexta-feira, agosto 04, 2006

Inveja

A Inveja é um sentimento muito feio... pior que o monstro de olhos verdes...

Sono

“A partilha do sono era o corpo de delito do amor”

Milan Kundera – “A Insustentável Leveza do Ser”

Como?

“Deixar de ser teu amigo! Querida e encantadora Sophie, será viver deixando de te amar um estado possível para a minha alma? Oh! Como é que o meu coração se pode afastar de ti, quando unias às cadeias do amor os doces laços do reconhecimento?”

Carta de J.J. Rosseau a Sophie d’Houdetot

quarta-feira, agosto 02, 2006

E se for sempre assim?

Provalmente já sabia. Pensando bem... já o sabia de facto. Podia bem ser assim. e também sei que também podem ser assim as cenas dos próximos capitulos. Uma mão cheia de nada e outra de coisa nenhuma... e antes seguravam esperanças, planos, desejos... um sonho.

E se for sempre assim?

Mas vou ter que beber desse cálice. Há já muito que passamos a linha do que era razoável. Simplesmente ainda não quisemos ver. É como se por fecharmos os olhos evitássemos o acidente. Mas não vai ser assim... não é assim. Vamos chocar, embater de frente. Um monte de chapa amolgada.

domingo, julho 23, 2006

brincar com fogo...

Ninguém diga nada. Ninguém fale dos outros. Os próximos somos nós, a entrar nesta farsa. É um jogo de arder na fogueira, um fascinio pelo fogo. Voar em direcção ao sol, qual Ícaro, dá sempre em tombo. Somos sempre Dédalos nas vidas dos outros... mas sempre Ícaros nas nossas. É o fascínio da borboleta pela luz, é o prazer que nos mata... atração fatal.
E também gostamos sempre de ser acarinhados, mesmo que saibamos que estamos a jogar, a magoar.
Neste jogo se se entra a sério, que se investe é sempre para perder.
Eu a arder na minha fogueira e os outros nas deles.

sexta-feira, julho 14, 2006

pouco "católica"

Hoje não me passavas cavaco. Não disseste nada durante a madrugada. Não me atendeste de manhã. Não desisti. Chatei-te e tornei-te a chatear.
Eu sou assim, às vezes chato de tanta perserverância e às vezes desisto ao primeiro toque. Nem eu me percebo bem.
Neste caso foi para a primeira.
Insisti... Escrevi-te... e tornei a insistir.
Quando ia-te dizer que assim ias para o inferno, enfim respondeste.
Já te conheço. Já sei o que querias ou não querias. Não precisas de falar nada, basta não falares.
Já sei que hoje estavas pouco "católica". Foi de ontem. Viu-se nos teu olhos (lindos por sinal).
Mas vês... nem foi dificil. Depois de falares já estavas mais bem disposta. Já estavas mais alegre, mais "católica". O truque é atirar as coisa más para trás das costas. Até costumas fazer isso bem, mas começas a ter coisas a mais atrás das costas para carregares sozinha.
Se calhar o truque é continuar a respirar... a continuar a sorrir...
Já estás mais "católica" e isso é que interessa se queres ir para o Céu.

terça-feira, julho 11, 2006

desilusão

Ao fim ao cabo todas as pessoas acabam por nos desiludir. E se não nos desiludem é porque a vida nos foi curta. É tudo uma questão de tempo. No entanto a verdadeira questão aqui é: o que sentimos por essa pessoa é superior ou inferior à desilusão?

quinta-feira, julho 06, 2006

tenho um furo na alma

Tenho um furo na alma.
Sinto que me esvazio. sinto que me escapo.
Tenho um furo na alma.
Não sei se se cura ou se troca (de alma).

Trago um furo da alma.
Hoje senti-te mais longe, como se escapasses,...
entre os dedos,...
pelo buraco da minha alma.

quarta-feira, julho 05, 2006

Será que posso afastar-me dela?

“Gostaria de penetrar os seus segredos, gostaria que se me dirigisse e dissesse: “Bem sabes que te amo”, mas se tal loucura é irrealizável, então... que desejar? Será que sei o que desejo?
Estou como que perdido; o que quero é ficar ao pé dela, na sua auréola, na sua irradiação, para sempre, durante toda a vida. Nada mais sei! Será que posso afastar-me dela?

Dostoievsky, “O Jogador”

terça-feira, julho 04, 2006

Preciso de ti

Talvez fosse da hora... assim de manhazinha, acabado de acordar. Ainda não tinha bem acentes as ideias, e depois é isto... acabamos a falar com o coração. Talvez de manhã sejamos mais sinceros. Talvez ainda não estejamos preparados para nos dissimularmos, para mentirmos. Estamos desprotegidos, expostos, nús.
Não interessa agora porque... Está dito, está dito. As palavras não vão ser retirados. Não dá para apagar o que disse.
Preciso de ti.
Não disseste nada.
Certamente sorriste (sorriste como só tu sabes) e não disseste nada. Mas que terás pensado.
Terei sido patético e frágil? Não sei. Só sei que preciso de ti.

terça-feira, junho 27, 2006

Proximidade

num tempo mais lá atrás, ainda tudo era ínicio, ainda eram névoas que me tolhiam o caminho, ainda era a incerteza que me guiava e no entanto ao fundo uma luz...

A partir de uma certa proximidade física a visão fica turva e desfocada e de nada nos serve. Resta-nos então apelar aos outros sentidos: à audição, ao olfacto, ao tacto e até mesmo ao paladar.
A partir de uma certa proximidade emocional todos os sentidos ficam turvos e desfocados, a voz falha e o coração dispara. Resta-nos seguir o murmurinho da alma.
Fui eu que me aproximei demasiado de ti ou deixei-te aproximar em demasia?
Porventura amo-te mais do que deveria e no entanto sinto que te amo menos do que queria.

Em algum outro lugar. cap. I

Em algum outro lugar, talvez em lugar nenhum... talvez até nem tivesse importancia...o lugar. Talvez não fosse essa a razão de estar negra a minha alma. O significado do furo da minha alma há-de ser outro. Por lá se esvai alegria. É como se de um balão furado se tratasse. Podes encher momentaneamente de ar, mas fatalmente se vais esvaziar de seguida. Podes brilhar, reluzir explenderosamente no céu, mas logo que te afasta a minha alma fica carregada de nuvens escuras.
Fazes-me falta...
Talvez não fosse do lugar. Talvez em algum outro lugar... ou noutro tempo. Talvez mais cedo, ou mais tarde. Não agora... aqui e agora. Não era suposto encontrar-nos agora. Quem foi que se atrasou? Quem chegou tarde? Não era aqui que estava marcado o encontro... Era lá atrás. Não nos cruzamos, ou se calhar até tenhamos passado um pelo outro, assim perto, a tocar-nos ao de leve, mas não nos vimos.
Agora aqui e não noutro lugar, tenho imensas saudades tuas e ainda estás ao alcance de um abraço.
Tenho medo.
Tenho medo de te perder e que estas nuvens não passem.
Ainda não te perdi e já sinto saudades tuas. Fazes-me falta.
Já te disse hoje como és linda? Desculpa este meu esquecimento.
Adoro o teu sorriso e esse teu jeito. Adoro fazer-te sorrir, deixar-te sem graça. Adoro-te como tu és, assim, perfeita, linda, simplesmnte maravilhosa. Sorri, meu anjo.
Já te disse mais do que uma vez que não sabes o que és. Não tens verdadeiramente noção de ti. Às vezes espanto-me como tão madura e segura não te reconheças, não vejas a pequena maravilha que és.
Tens um jeito discreto, e de facto não se consegue tirar logo tudo de ti apenas com um primeiro olhar, uma primeira impressão... e no entanto perante essa aparencia frágil és tão firme e segura, senhora de si, linda, inteligente, generosa. Das fraquezas fazes forças e não reparas em tal.

Ainda aqui estás e já me fazes tanta falta.
Não te posso perder... será que te poderei ganhar?